domingo, 8 de março de 2009

Numerologia - Por Yubertson Miranda




Trecho retirado do livro O Homem e seus Símbolos (Carl Gustav Jung):

“Entre as muitas intuições matemáticas primordiais, ou idéias a priori, as maisinteressantes do ponto de vista psicológico parecem ser os’números naturais. "Não servem apenas às nossas operações cotidianas para contar e medir, mas foram, durante séculos, a única maneira existente de ‘ler’ o significado das antigas formas de adivinhação como a astrologia, a numerologia, a geomancia etc. – todas elasbaseadas em cálculos aritméticos e todas investigadas por Jung em termos de sua teoria da sincronicidade “Além disso – os números naturais – examinados de um ângulo psicológico – devem ser certamente representações arquetípicas, pois somos forçadosa pensar a seu respeito de maneira definida. (...) Em outras palavras, números não sãoconceitos conscientes inventados pelo homem com o propósito de calcular: são produtos espontâneos e autônomos do inconsciente, como o são outros símbolos arquetípicos.“Mas os números naturais são também qualidades pertencentes aos objetos exteriores: podemos assegurar e contar que aqui existem duas pedras ou três árvores acolá. Mesmo se despojarmos os objetos de outras qualidades como cor, temperatura, tamanho etc., ainda resta a sua ‘quantidade’ ou multiplicidade especial.“No entanto, estes mesmos números também fazem parte indiscutível da nossa própria organização mental – conceitos abstratos que podemos estudar sem nos referimos a objetos exteriores.“Os números parecem ser, portanto, uma conexão tangível entre as esferas da matéria e as da psique.
De acordo com certas sugestões feitas por Jung, havemos de encontrar neles um campo promissor para pesquisas futuras.” Dra. von Franz.
Quem aqui já não acordou de um sonho/projeção onde vimos um número ou um número nos foi apresentado numa situação inusitada em nossa experiência onírica? E como aquele número, sua memória, sua lembrança, a situação em que nos foiapresentado no sonho/projeção acabou mexendo conosco, tocando-nos de uma forma mais forte, denotando, quem sabe, alguma significação especial pra nossa vida e pra nosso momento atual tendo em vista a mudança de nosso humor quandoacordamos...Isso também tende a acontecer com outros símbolos que, ao acordarmos, ficamos com ele reverberando em nossa mente, em nossos pensamentos, em nossaimaginação: um colar, um ambiente, uma mesa, um objeto, uma porta, um sótão, um carro, uma caneta, uma mão...
Quais serão os significados desse símbolo, seja número ou não? E quem aqui possui um “número de sorte”, aquele por quem nutrimos um significado especial, que consideramos como “o meu número.” Dizemos que o adoramos! E aqueles que não gostamos, que temos uma birra com ele? Quando aparece em alguma situação de nosso existir, ficamos preocupados, achando que pode ser um sinal de que algo não vai dar certo, afinal, esse maldito número apareceu... Será mera superstição essa relação que temos com esses números? Como a Dra. von Franz escreveu, “os números parecem ser, portanto, uma conexão tangível entre as esferas da matéria e as da psique.” Os Números possuem sua qualidade metafísica e também psíquica, representam, ao mesmo tempo, Princípios Universais e Qualidades Humanas/Existenciais. Podemos ver isso no primeiro versículo da Tábua de esmeralda de Hermes Trismegisto: “O que está no alto é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está no alto para realizar o milagre da Unidade.”




O Princípio metafísico do número 1corresponde ao Impulso Criador Original e na NumerologiaPitagórica, esse número representa qualidades de liderança, independência e impulso dinâmico para apresentar novas realidades, novos caminhos, novas trilhas, novas descobertas que abrem campo para a expansão e evolução do ser humano.

Conseqüentemente, aqueles que possuem o número 1 em seu Mapa são desafiados por si mesmos a buscar realizar uma tarefa original e corajosa, desbravando certas áreas do existir a fim de trazer descobertas valiosas e novas percepções, posturas, comportamentos, idéias e projetos para quem vem atrás, junto, aproveitando o que foidescoberto e irrompido pelo impulso criador de quem tem em sua simbologia numerológica o Número 1. Obviamente que, quando passamos por um Ciclo simbolizado pelo Número 1 – seja um Ano Pessoal, um Trimestre, um Período, um Trânsito mais longo –, isso mostra que nosso próprio espírito irá nos impelir, impelir a nossa personalidade, a ir em busca de algo novo, de uma renovação bem marcante em nossa vida, demandando uma coragem, um dinamismo bem maior do que em outras fases, de modo que, assim, nós possamos nos impulsionar a alcançar novos campos e novas realidades de nósmesmos e da vida exterior em nosso processo existencial.Será, então, que quando sonhamos ou nos é apresentado em nossa projeção a simbologia do 1, nosso inconsciente/amparadores/guias estão nos mostrando que estamos aptos a integrar psiquicamente esse conteúdo dinâmico, impulsionador, cheio de coragem, enfrentando o medo do novo e a nossa insegurança interior, vencendo as confrontações com as figuras de autoridade que podem estar tentando reprimirnossa individualidade de se expandir e de alcançar novas conquistas internas e externas?
“Os símbolos autênticos são operações mágicas, mentais, psíquicas e morais que despertam noções, idéias, aspirações e sentimentos novos...” Meditações sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô, por autor que quis manter-se no anonimato.

Yubertson Miranda
http://www.ycmiranda.rg3.net/

Astrologia - Livre arbítrio e destino - parte 2









O Destino no Mapa Natal
Plutão e Saturno astrológico

Para os astrólogos, saber tecnicamente quais os indícios que o destino escreve no mapa natal de uma pessoa pode ser de suma importância, mas no mínimo de grande complexidade. Não foi possível para mim em meu atual nível de conhecimento saber o porque o destino se aplica de determinado modo sobre uma pessoa, apenas uma luz foi possível, como tentei descrever acima. A cabala, o Hermetismo, a Astrologia, e as filosofias do Karma e Dharma, clarearam a escuridão, mas há muito por ainda ser desvendado. No entanto, indícios ao meu modo de ver claros podem ser notados, para tentarmos entender alguns pontos da influencia das Parcas sobre a vida humana em um mapa astrológico.

São muitas as correntes que estudam a influência do destino sobre a vida humana, os reflexos de vidas anteriores nesta. Achar com clareza quais as certas e quais as erradas é uma tarefa das mais difíceis. Mesmo porque falar que uma pessoa foi faraó do Egito antigo é fácil, o difícil é provar este fato, pelo menos pela simples análise de uma mapa natal. O que foi possível até o momento ao meu ver são indícios de como o destino de um modo geral está se expressando na vida particular da pessoa. De como o indivíduo sofre esta influência através de seu meio, de sua família e dele mesmo. Seria entretanto impossível colocar toda esta filosofia no espaço de um artigo. Entretanto coloco um resumo da estrutura astrológica que poderia expressar estes pontos.

Como astrólogos, sabemos que não se pode analisar apenas uma posição isolada para definir algo, e quando se trata da manifestação do destino isto se aplica ainda de maneira mais efetiva. Os pontos descritos aqui, são portas pelos quais o destino pode se manifestar na vida das pessoas, ou mesmo das gerações, já que o senhor da grande região inferior, Plutão - Hades, demora 248 anos para completar sua rotação pelo zodíaco, mas o que atravessará estas portas e como estas se aplicarão na vida de cada um poderá estar envolvido em conseqüências encadeadas por arranjos astrológicos em várias áreas da vida.

É difícil falar em plutão, sem que falemos de sua influência sobre as gerações, pois como já dito, Plutão ( que significa "riqueza" ) caminha de modo lento quebrando padrões. Quando Plutão passou em Câncer, situado entre 1914 e 1939, entre duas guerras e pelas conseqüência da completa destruição e transformação de tudo o que significa lar, nação, família, clã, proteção individual.

A força pela qual as famílias foram separadas, destruídas, demonstra a energia de Plutão. A herança das Moiras foi que deveríamos aprender do perigo de interpretar nossas obsessões num nível objetivo. Contudo, o que me parece mais claro é que as gerações vindouras foram marcadas na compreensão interior do que significa "lar, "família" ou "nação" e deste então estas pessoas nunca mais entenderam o que eram estes termos para seus progenitores. Tão pouco acho que seja um acidente que a geração nascida com Plutão em Leão - a assim chamada geração do "eu", que se situa entre 1939 e 1958 tenha feito um deus de individualismo ao destino e à expressão individual.




Como podem constatar, gerações também tem destinos. As conseqüências deste destino são as vezes sentidas nesta própria geração, mas as vezes são seus filhos e filhos dos seus filhos que terão impressos em suas mentes, corações e atitudes as conseqüências e aprendizados de quando Plutão ou outro astro que expressa o destino fazia forte tensão. Por exemplo, com a revolução sexual nas décadas de 50 e 60, os filhos nascidos dali passaram a ter um comportamento e uma mente completamente diferente dos seus predecessores, pois a marca das Moiras foi sentida nas próximas gerações, mas dadas pelas configurações de seus pais, pelo menos em parte. Este destino "fatal" aplica-se mais severamente quando extrapolamos no direito de nossa liberdade. É Plutão e Cronos-Saturno ( que veremos mais tarde) que demonstram o quanto somos mortais, nos mostrando as leis do destino, da mortalidade da Ordem natural das coisas.Deste modo, mesmo que uma pessoa esteja ligada ao destino de sua nação, o seu destino individual se mostrará através de certas posições destes astros, as casas em que estão e os aspectos que passam com planetas pessoais.

Entretanto, para a maioria destas pessoas, Plutão pintará as cenas interiores com suas cores particulares, dado todo o processo de destino já falado anteriormente, é uma pintura subjetiva como as regiões do Hades, que refletirão externamente como projetamos nossas questões. Sabemos que Plutão governa os gens, a hereditariedade e deste modo ele expressa o pecado ancestral, a herança familiar e sua própria herança individual que estarão em consonância para expressar " o meu problema", as questões mais profundas que a psiquê esconde, projetando externamente apenas uma leve abertura do que quer "sair".

Encontrar o seus destino na questão sentimental por exemplo, tendo plutão na sétima casa e deparar-se com a Parca no Outro. O jogo de poder, o divórcio, rejeições, triângulos amorosos, submissão, sacrifícios, etc. As vezes, tende-se a evitar relacionamentos profundos, mas o destino, as Moiras não se deixam ser enganadas, e quando a pessoa menos esperar estará envolvida em um relacionamento profundo , que será difícil distinguir os sentimentos e as pessoas. Ocorre de projetar estes princípios primitivos plutonianos, através de um parceiro, ciumento, pocessivo, dominador, voraz, um poder primordial atraido pela pessoa, mas expresso através do parceiro. A lista pode variar enormemente; veremos, dado aos seus aspectos como o destino pode se expressar mais fortemente em uma vida, dada a casa em que este se encontra, seus aspectos, benéficos ou não. De qualquer modo será um setor em que a pessoa será marcada, onde os temas serão mais profundos, fortes e até certo ponto inevitáveis do que a vontade individual. Um sentimento de impotência parece ser intrínseco aos encontros com Plutão, afinal as Moiras estão acima do próprio Zeus que nada podia fazer contra elas, nada mais podemos fazer a não ser confiar que as coisas caminharão bem.

Encontrando Plutão na décima segunda casade um mapa astrológico, é encontrar plutão em seu território, o inconsciente, aonde todo o seu poder pode estar expresso, liberando tudo o que está escondido, podendo ser as vezes inevitável neste ponto manifestar um destino poderoso demais para a pessoa, ou se as configurações forem muito poderosas mais "boas", conseguir a remissão de problemas "antigos", de manifestar-se plena mente suas mais internas aptidões, vocações, desejos, apesar de sabermos que Plutão rege a oitava casa -Escorpião, em peixes o lado subjetivo sala do escuro inconsciente.

Não é possível fazer uma descrição de Plutão em cada setor, mesmo porque tornaria-se uma manual, o que acho difícil ser expresso para destinos individuais, pois plutão é a porta que liga a conseqüência dos fatos.

O que importa é tentarmos compreender que tipo de senhorio será Plutão pois estaremos com ele até o leito final.

Plutão é essencialmente interior e é através deste que ele se expressa. Contatos íntimos de Plutão com a Lua ( a imaginação, sentimentos, estados psicológicos ), o sol ( a individualidade ) e Netuno ( "sonhos", inconsciente, manifestações psíquicas), principalmente com os dois primeiros " ativa" internamente chaves poderosas. Citando Liz Greene, ela diz que já vira um bom número de casos de depressão psicótica no contado de Plutão com o Sol e Lua. Esta autora conhece outros vários casos de pessoas com problemas psicológicos que tem estas configurações, mas muitas outras que tem estas configurações em harmonia que parecem estabelecer um bom equilíbrio psicológico, apenas tenho ciclos psicológicos particulares durante a vida, sendo pessoas bastante expressivas emocionalmente, de uma caráter "estranhamente" profundo.

Portanto o cuidado com esta análise deve ser grande, pois Plutão com Marte, pode dar uma poderosa força sexual e ou uma progressividade destrutiva, depende de como está inserida. O contato de Plutão com estes planetas pessoais parece nos mostrar que este destino emergi de nosso interior, mas que também pode ser expresso externamente, como uma mãe doente, um esposa ou esposa perturbados, claro que levendo em conta qu seus “efeitos” benéficos também podem colocar a pessoa em contato comsuas maiores potencialides interiores, sua capacidadem de tranformar-se, dependendo de vários fatores.

- Saturno-Cronos - Senhor do Tempo

É o senhor do tempo que toma conta de uma outra face deste destino. Saturno, senhor da morte física é o Alfa-Omega, o princípio e o fim das coisas. Pois o destino físico de um indivíduo é inserido no momento de seu nascimento pelo senhor da morte. Mas por que? Pois é com a Morte que que serão enviados ao "Cosmo" o destino da pessoa, acrescentados pela última existência. A única certeza da vida é a morte e tal como esta sobra , o destino caminha invisivelmente por entre todos. É ele o portador do destino dado pelas parcas, e quando Átropos corta o fio da existência terrena, é porque Cronos estava com ela e trabalhando com ela. O Destino, as Moiras, só podem atuar através do reino de Cronos, cronos em certos aspectos pode ser comparado ao próprio Hades, mas em uma função diferente.

Eis porque Cronos tem um papel tão importante na questão da compreensão de como o destino, O Karma, de uma pessoa pode se expressar na vida individual. No mito, Cronos, é um velho desprovido de toda beleza terrena, é o senhor do Tempo e do aprendizado que advém deste.

A partir deste ponto, podemos ver que Saturno no mapa natal demonstra outra porta que o destino tem de formar o conjunto de estados interiores e padrões de atração pessoais. Saturno como o governante do tempo, permite que o destino se manifeste. Como sabe-se, Saturno é um astro que ensina pela luta vagarosa e contínua, trata de setores da vida em que temos algum obstáculo, dificuldades interiores ou exteriores. Mas por ser o portador do destino, considera-se que ele possa ser uma indicação de possíveis influências ancestrais e reencarnatórias. Esta última é apenas uma tese que necessita ser mais estudada para ser provada, mas em meus trabalhos houve indícios da posição de Saturno, da localização do ascendente (que é uma porta também, a expressão de nossa individualidade), mostrarem possíveis relações entre experiências anteriores com a necessidade de aprendizado atual. Por exemplo, segundo esta teoria, quem tem Saturno no signo de Virgem, teria que trabalhar mais a noção de responsabilidade, de auto controle ( já que oposto a Peixes, um que pode indicar perversões quando caído, de dificuldade em aceitar o real) e assim para cada signo. O ascendente do mesmo modo, traria informações sobre como a pessoa necessitaria trabalhar os seus arquétipos principais do seu ascendente e as experiências que estes necessitariam ser acrescentadas a atual existência.

Cronos entretanto vai mais longe, pois nos mostra setores que temos real dificuldade em lidar, aonde o destino aponta a necessidade de trabalho mais intenso por parte da personalidade. Como Cronos é o tempo, não adiantaria fugir do que ele nos mostra, pois ele tem todo o tempo do mundo, nós não. Encarar o que Saturno nos mostra é nos colocar no nosso destino e trabalhar para que consigamos vencer os obstáculos que nos são criados, as vezes e na maioria das vezes por nós mesmos.

Há uma frase que diz: Quando queremos algo, o universo conspira a nosso favor. Colocaria entretanto que se estivemos no nosso real caminho, ai sim o universo caminhará a nosso favor.
Uma coisa é certa, somos livres, mas esta liberdade está inserida em um contexto maior que desconhecemos, em um mecanismo que nos faz sermos responsáveis por aquilo que fazemos, nada mais justo na opinião deste autor. Como disse Buda, a única maneira de nos vermos livres desta eterna roda de nascimento e mortes, é nos tornarmos conscientes de nos próprios, é seguir o caminho do meio. Quando chegarmos verdadeiramente conscientes das partes dos deuses que moram em nós (Marte, Júpiter, Saturno... ) compreenderemos nossa própria posição no contexto cósmico.

Entretanto é muito importante salientar que não devemos aceitar tudo como um destino fatalista, muito ao contrario, é tentarmos conseguir nos colocar em um caminho que nos sentimos melhor, que seremos realizados. As Moiras querem o seu Quinhão, cabe a nós nos harmonizarmos com a natureza e a lei intima das coisas. Na posição deste autor e pelas pesquisas que faço, estou a trabalhar em um meio que os antigos professavam. Que se o ser humano conseguisse se harmonizar com as Parcas - o Destino, este seria mais sereno, mais fácil de ser trabalhado, sua saúde e todas as outras áreas da sua vida transcorreriam com maior equilíbrio. Acredito que é possível fazer este processo, talvez não tão poderosamente quanto eles diziam para os dias de hoje, mas que usando o mapa natal de um indivíduo e técnicas corretas, podemos conseguir equilibrar em parte que seja, os desajustes que possam haver no mapa individual. O destino é uma incógnita, seus véus só nos deixam ver vultos de sua natureza. A nos mortais, só nos é possível ir em busca de nosso real lugar no universo, por isto a máxima se torna mais clara:
"Conhece a tí mesmo".

- Bibliografia : Liz Greene - A astrologia do destino
Corpus Hermeticum
Paracelso
Giordano Bruno
Platão

Astrologia - Livre arbítrio e destino - parte 1

Maktub, palavra árabe que pode ser traduzida pela expressão: "está escrito", pode expressar o conceito de destino em parte apenas. Desde o princípio dos tempos o ser humano se pergunta se existe um destino, um caminho em que somos inseridos no início da nossa existência, ou toda a nossa vida é apenas uma soma de acasos e somos completamente livres para fazermos o que quisermos.

A astrologia, como instrumento para compreensão do ser humano e sua interação com o universo circundante pode ajudar nesta tarefa herculanea. No entanto, tais questões extrapolam suas fronteiras e entram em questões metafísicas, místicas e filosóficas. Se um pesquisador quer encontrar respostas, ele tem que saber que os meios de saber estão entrelaçados . A astrologia como ferramenta de compreensão do homem faz parte da história da humanidade e encontra sua estrutura em raízes mais profundas e por mais que tentemos "cientificar" a astrologia, ela lida com conceitos e com perguntas que ultrapassam as possibilidades da ciência material, pois lidam com as expressões da alma humana, seus caminhos neste mundo. Esta arte nos mostra como somos, como o universo age em nós, ou melhor como fazemos parte deste universo.

"Não como caminhamos, mas qual o caminho e o porque se caminha, constituem o maior mistério que nos cerca sobre a vida neste mundo".

Esta arte, a astrologia, em sua aplicação prática trata diariamante com esta questão, somos apenas conduzidos por um destino maior, ou os astros apenas nos dão as potencialidades e somos nós que a usamos como queremos. Hoje em dia, muito se tem falado e escrito sobre uma astrologia que prega que os astros não fatalizam. De certo modo está correto está teoria, mas não podemos nos esquecer, que na maioria das vezes o cosmo determina. Temos o direito a liberdade, mas esta tem um limite de ação. Um pesquisador que olhar atentamente as questões na vida das pessoas, pode ver que em grande parte as ações das pessoas estão dentro de um contexto maior e que as vezes pode-se notar que elas caminham, mas nem sempre tem total controle das "paisagens" que aparecem.

Quando uma pessoa nasce, respirando o sopro divino que lhe dá a vida, considera-se que o mapa natal é formado. Por que aquela pessoa nasceu naquele momento e não em outro? Naquele momento, o astrólogo poderá saber o que aquela pessoa atrairá para a sua vida, que as potencialidades que ali ele pode interpretar trarão prazer ou dor para aquela pessoa. Mas, por que ela tem que ser daquele modo e atrair aquelas situações?

Para tentarmos compreender em parte se existe um destino e um livre arbítrio, temos antes que entender o que vem a ser os conceitos de livre arbítrio e destino. Tentar ultrapassar o véu que oculta estes mistérios não é uma tarefa fácil, mas nas poucas estruturas que podemos nos sustentar podemos ao menos vislumbrar a luz.

O Destino

Todo profissional da astrologia depara-se diariamente com esta questão: como sabermos o que é destino, se é que este existe, e aonde começa a liberdade? Será que as configurações do mapa natal são apenas indícios de potencialidades?

Creio que esta resposta seja não, pelo menos em parte. Há um destino, uma força misteriosa que é conduzida por um mecanismo perfeito e que impregna a todos, estando em todos os lugares. Entretanto esta poderosa força tem um "ponto fraco", que nem os deuses esperavam que o seres humanos a pudessem encontrar. Somos nós a raça humana que construímos boa parte deste destino. Apesar de estarmos inseridos em um plano maior que desconhecemos, muitos dos acontecimentos e caminhos que passamos são provocado por nós mesmos, ou como dizem os indus, o Karma. Entraremos mais tarde, no significado mais profundo deste termo.
Segundo Platão, a roda (do universo) gira sobre os joelhos da Necessidade e, na parte superior de cada círculo, se encontra uma sereia, que gira com eles, entoando uma só nota, um só som. As oito juntas formam um todo harmônico e, em sua volta, em intervalos iguais, há um outro grupo de três sereias, cada qual sentada no seu trono: são as Parcas, filhas da necessidade, que vestem túnicas brancas e usam uma coroa na cabeça.

A figura do mito se torna uma importante fonte de conhecimento para que possamos tentar compreender este destino vivo que pulsa entre nós, pois estes mitos são a representação do mecanismo da natureza que os antigos esconderam sob esta forma.

Segundo platão que retirou do mito grego, as Parcas são as senhoras do destino, acima mesmo de Zeus que nada pode contra elas. Elas trabalham apenas com Saturno-Cronos, o senhor da morte. Elas estão deste o nascimento e mesmo antes deste, sob o controle, pois alguém que nascera já tem um karma, um destino. Elas o colocarão no lugar e na hora certa e de tal modo o retirarão na hora adequada.

Filhas de Nyx, a deusa da noite, ou de Erda, a mãe terra, elas são chamadas Moiras ou Erínias ou Normas ou Hécate de três faces. A primeira no mecanismo é Cloto que tece o fio, Láquesis em seguida, mede-o e Átropos corta-o, e os próprios deuses estão limitados por estas três, por terem sido originados da incipiente Mãe Noite, antes de que Zeus e Apolo trouxessem dos céus a revelação do eterno e incorruptível espírito humano.

A intrincada visão de Platão com as parcas governando o cosmo, nos mostra que este destino é fruto da necessidade ( as Parcas), ou seja, elas são o mecanismo que governa o destino individual e sua união com o todo. A necessidade que tem o universo de fazer com que cada um tenha responsabilidade, tenha sua parte em conseqüência a seus atos. Dai vem o significado da palavra Moira, que significa literalmente, quinhão, o quinhão de cada um.
Este destino os gregos chamam de Moira, chamada " a serva da justiça": o que contrabalança ou pune os desvios com relação às leis do desenvolvimento natural. Este destino pune o transgressor dos limites fixados pela Necessidade.

O texto gnóstico denominado Corpus Hermeticum, expressa as relações e o mecanismo do destino com bastante destreza:

" E, portanto, ambas, a Sorte e a Necessidade, estão atadas uma à outra, por inseparável coesão. A primeira delas Heimarmenê, gera o começo de todas as coisas. A Necessidade compele ao fim de tudo que depende desses princípios. Na esteira de ambas vem a Ordem, que é sua tecedura e drama, e a organização do Tempo para a perfeição de todas as coisas. Pois nada existe sem a fusão intima da Ordem.

Este texto nos mostra que a manifestação do destino está sob as ordens das Moiras, servas da justiça, mas que estas trabalham para a "Ordem". Deste modo podemos concluir, que a ordem universal das coisas manifesta-se através da Parcas e sua atuação sob as ações e suas conseqüências. Cabem a elas, "colocar" um indivíduo dentro do seu Karma próprio, quando este extrapola o seu direito a liberdade e é tomado de Hubris, a tentativa de ultrapassar o limite do destino fixados para si ( que é, implicitamente, o destino da pessoa, mostrada pela posição dos planetas e signos na carta natal). Portanto, a atuação mais drástica das Moiras na vida de uma pessoa, é dada pela extrapolação das leis naturais, da Ordem natural das coisas, quando esta tenta extrapolar o que lhe foi concedido. Esta é uma benção divina, a liberdade humana, ou uma maldição. Da mesma maneira que podemos ser livres para fazermos nossas escolhas dentro de certos padrões, quando tentamos extrapolar o que destino nos reserva , as parcas se mostrarão mais ferozes, e cabe a nós sabermos se queremos pagar o preço pela nossa ousadia de nos consideramos homens-deuses.

É a partir da liberdade que gera-se o destino pessoal, pois cada ação gera uma reação correspondente. Portanto, ações que estejam dentro da Ordem natural das coisas, tendem a provocar o Dharma pessoal, diminuído seu Karma, e como conseqüência profetizando a necessidade ou não de uma outra possível reencarnação, mas este assunto apesar de pertinente, seriam necessário livros para estuda-lo adequadamente. Este destino pessoal, se assim pode-se dizer está colocado dentro de um destino maior, o plano pelo qual fomos enviados a este mundo originalmente. Se compreendermos conscientemente e atuarmos em consonância com o destino pelo qual estamos aqui ( o que concordo não é uma tarefa fácil) esta harmonia implicará em que todo o universo conspire a nosso favor, de modo que as Moiras não nos afligirão.

Parece ambíguo, pois assim como a liberdade forma nosso destino e não podemos sair dele? As Parcas são as responsáveis para que não extrapolemos os limites naturais e sigamos o nosso destino, ai termina nosso livre arbítrio, no limiar do que nos cabe. Imaginem que o destino seja um mapa rodoviário. O plano global pelo qual fomos colocados neste mundo constitui os caminhos, as estradas e, se não conscientes caminharemos guiados pelas Moiras até completarmos nossas missão, hora em caminhos difíceis, hora em mais fáceis. Entretanto, quando conscientes deste destino, podemos escolher qual caminho queremos seguir, não que este seja apenas um mar de tranqüilidade, mas que a partir dai estaremos em um caminho que pertence o nosso destino e de certo modo as coisas serão familiares para nós, pois estaremos no nosso verdadeiro caminho. Continua na segunda parte...Clique aqui!

Numerologia - Conteúdo


- Curso de Numerologia

Programa:

-O que é numerologia? Para que serve?
-Introdução ao “mecanismo” dos números– História dos números
-Métodos e cálculos - Introdução : Pitagórica e Cabalística
O significado dos números: de 0 a 9

- Interpretação 1

Método Pitagórico: Os três modos de expressão do ser:
1) O Número de Motivação;
2) O Número de Impressão;
3) O Número de Expressão

- Números Compostos
Cálculo e interpretação de outros fatores numerológicos:
Número do Destino, Número Mestre, Números Faltantes, números da lição de vida, primeira vogal, dia do nascimento, números dos desafios, números do pináculos, anos e meses pessoais e outros pontos importantes.

- Método Cabalístico: O método Numerológico Cabalístico
O Ser
Os números e o Destino
Os números e a personalidade
O que estes atraem para nossa vida

-Interpretação 2

Como unir todos os fatores numerológicos em um perspectiva lógica, consistente e direcionada. Como utilizar os números para o auto-conhecimento e em atividades práticas do dia-a-dia; Prática.

Tempo de Curso: 06 meses

- 1 aula semanal ( Quem desejar fazer o curso em menos tempo pode também optar por fazer com duas aulas semanais).
Será enviado para seu e-mail na data da aula uma apostila contendo a aula + exercícios. Poderá tirar suas dúvidas por E-mail, ou pelo fórum, quantas vezes quiser, além de em datas e horas combinadas um tira dúvidas on-line, pelo Chat do meu site. Há supervisão de 2 meses para dúvidas no cálculo e interpretação de seus futuros mapas.Tudo para você ter um ótimo curso, que mudará a maneira como vê e lida com sua vida.

Efemérides


Efemérides


Efemérides, efêmero, ou aquilo que passa. Também representa astrologicamente às posições, os trânsitos, os caminhos dos astros e pontos pelo zodíaco, fenômenos celestes e indicações marcadas por dias seqüenciais tanto celestes como de assuntos de nosso mundo. Aqui você encontra várias informações práticas e sintetizadas, para facilitar sua vida, seja astrologia, numerologia, como de questões importantes.



Fases da Lua -



Início Estações do ano 






Eclipses 




Entrada do Sol nos Signos do Zodíaco


Aquário - 


Peixes - 


Áries - 


Touro - 


Gêmeos - 


Câncer - 


Leão - 


Vírgem - 


Libra - 


Escorpião - 


Sagitário - 


Capricórnio - 



- Entrada da Lua nos signos –







Touro




Gêmeos 




Leão


Vírgem


Libra


Escorpião


Sagitário


Capricórnio


Aquário - 


Peixes - 


Áries -


Touro

Gêmeos -



Obs.: Clique na seção "Saiba Mais" do nosso site ou direito em nosso blog e veja a influência da lua em cada signo.

Hora Astrológica


No Akasha, você pode usar um pouco da astrologia Horária para se harmonizar com os fluxos da natureza de acordo com as atividades que deseja fazer e com isto ter mais facilidade nas suas ações de acordo com a natureza destas. Para iniciar uma atividade, comece na hora do astro governante. Clique aqui e veja um pouco sobre a natureza de cada astro. Obs.: Esta técnica abaixo, é parte da astrologia horária, não sendo toda a técnica. Para compreender mais profundamente e ter um pelo conhecimento de todo os processo, faça nosso curso de Astrologia Horária. - Latitude 20° *Para cada cidade abaixo, somar minutos de correção aos minutos da tabela: - Belo horizonte: + 3 min - São João Del Rei: + 6 min - São Paulo: + 13 min - 23° 33’ - Rio de Janeiro: 0 min

obs.: A tabela vale para o ano de 2009. Em cada mês há uma pequena variação da hora da entrada do astro da hora, mas para consulta geral ela serve a contento. Se deseja ter a tabela completa e aprofundar-se nesta técnica, inscreva-se já em nosso curso avançado em Astrologia Horária e Eletiva, onde aprenderá o uso adequado dela e muito mais!


Clique na tabela para ver em tamanho maior

sexta-feira, 6 de março de 2009

O Céu do Mês - Previsões de Março

A centelha de Deus em você


Há momentos na vida que estamos inquietos, com uma imensa vontade de fazer algo diferente, cansamos das mesmas coisas, pessoas, situações, às vezes intuímos que algo se apresentará e ficamos excitados, mas o que é? Ao olhar pela janela você não consegue identificar um algo específico, é muito mais uma disposição interior para o novo.
Em outros momentos estamos querendo fechar as cortinas, desligar a tv e os celulares, colocar um não perturbe pendurado na porta e com aquela boa e macia roupa de dormir colocar os pés para cima, apenas imersos em nossos próprios pensamos, visões, simplesmente deixando a vida seguir ser curso, deste que ela não nos importune muito, entramos em Standbay...

Entramos o mês de março e até os meados do meio para o fim do mês, esta contradição aparente pode se fazer sentir em muitos de nós, em cada campo de vida, uma destas vias de mão dupla, romper ou permanecer estará tentando conquistar nossos sentidos, para cada pessoa poderá ser mais forte ou sutil nos diversos campos da vida.

Parece algo comum isto não? Não, não é. Nos “céus interiores” a centelha de Deus se faz brilhar. A vida é essencialmente movimento, tudo muda. A busca do novo, da boa revolução, do bom combate está te chamando! A centelha criadora de Deus a força motriz, está te dando um toque: O que você vai fazer com que você tem? Construir, manter? Estagnar? Ampliar? Sim! O que você vai fazer a respeito???

Fazer algo a respeito também é ter um tempo para você. Todos pensam que fazer algo é simplesmente trabalhar 12 horas, 14 horas por dia em um ritmo frenético. Não, parar, olhar um quadro, ver um bom filme, brincar com seu filho ou seu cachorro, podem se você estiver aberto ao universo e experimentar cada coisa com vigor, novas visões da sua vida vão se apresentar e você vai ver que tudo muda, inclusive você e não tem nada de errado nisto. O ócio também é criativo! Alias, você não cria, ou desenvolve se não parar e então fazer.
O que você não pode fazer é ter medo, estagnar, parar no tempo, no seu tempo e achar que tudo está como deve estar. Outras vezes você pode ficar tão irritado que irá explodir porque sua esposa, namorada ou amiga mudou o canal da tv quando você assistia. O problema não é o óbvio, é você que está precisando extravasar, de romper amarras antigas, de expressar-se claramente e deixar sair o que te tolhe, impede, entristece, pois caso contrário, pode ficar parado, tolhido, pressionado, angustiado porque algo te incomoda, mas não conseguindo expressar isto, parece um torpor dos sentidos, mas sua mente tenta gritar! Pare de cobrar dos outros o que você deseja deles e o que eles não podem te dar.
A gota d’água pode estar a cair a qualquer momento neste mês. Iremos ter uma queda de braço este mês entre o ficar e o ir, entre o dogmático e a revolução, entre o combate e a inércia. E parece que a revolução irá ganhar. Afinal o grande stellium em Aquário, Sol conjunção com Urano, oposição e Saturno, marte em conjunção com Netuno e por fim uma quadratura Sol-Plutão, estão mexendo profundamente com a visão que temos do mundo e de nós mesmos. Depois de que um vulcão acorda no fundo do mar, o arredor não pode mais ficar como antes.
Mude, deixe que a vida te mostre que se você quer mudar, você pode, não se intimide ou fique melancólico e inseguro devido a isto, basta fazer! Tenha cuidado apenas porque Sol-Plutão em maus aspectos no final do mês, é uma posição profundamente desafiadora, que fará que embates se dêem, entre forças fortes, autoridades, autoritarismos, pressões. Tem coisas que não adianta bater de frente, independem da nossa vontade. Se você não pode vencer, mas precisa mudar, seja flexível, sinta a luz de Deus em você e seja flexível, e curta, sim curta a vida para fazer ela valer a pena, Vênus a deusa do amor está de mãos dadas com Júpiter, o pai da abundância. Oportunidades vêm ai, mas estas dependem de partir para cima, exercitar a “fortuna” de ser audacioso e perceber a oportunidade.

Do meio do mês para frente, Vênus fica retrógrado, e maus aspectos ou seja, aparentemente volta no zodíaco, indicando da necessidade de termo mais paciência com nossos sentimentos e relações pois podemos entrar em algum conflito por embates, jogos de poder, de querer fazer que apenas um esteja satisfeito, a qualquer preço. Mas ele está em Áries, é uma indicativa para sermos mais claros, mas desarmados e vivermos cada coisa como ela é, viver de verdade, libertando-se de suas próprias limitações e amando inspiradamente e visceralmente, pois amar é preciso.


domingo, 1 de março de 2009

O que a Astrologia Não pode fazer por Você



Depois de muitas pessoas me perguntarem qual a utilidade da Astrologia, se ela faz isto ou aquilo, se vê o futuro, se pode ajudar a direcionar as ações de uma pessoa, enfim, diante de muitas perguntas e devido a tantos preconceitos que esta sofre, resolvi fazer o contrário, ou seja, dizer essencialmente o que ela não pode fazer, o que ela não é.

Às vezes, muitos preconceitos referentes a esta arte-ciência podem ser desmistificados. Este artigo é dedicado às pessoas cuja vontade é a de não querer apenas ouvir que seu signo solar é assim e pronto, mas que querem saber o por quê. Como diz um filósof: “A dúvida é o começo da sabedoria.” (Segurs)

A lista seria enorme, se fôssemos descrever o que a Astrologia pode ou não fazer, mas, basicamente, poderia dizer que você poderá ficar espantado com o que ela é e o que ela não é.

Em primeiro lugar, se já lhe disseram ou você leu em algum lugar que você é de tal jeito, se comporta de tal maneira e atrai tal coisa porque seu Marte em Aquário, ou seu Signo Solar, é assim ou assado, dizendo que você é somente assim e pronto, esta é a primeira coisa que a astrologia não faz. Ela não diz que você é de uma maneira, que age de um determinado modo porque as posições astrológicas dizem isto. Ao contrário, as posições astrológicas apenas apontam quem você já é e quem você pode vir a ser.

No momento em que nasceu, não foi o seu mapa que determinou que tivesse tais características. Foi por você, como ser único, ser de uma determinada maneira e precisar ter certas experiências que você nasceu naquele momento.

A astrologia não é a resposta para todas as suas dúvidas. Ela não pode dizer-lhe o que deve fazer, o que é melhor para você, nem pode falar o que quer escutar. O bom Astrólogo é aquele que sugestiona o que pode fazer, o que seria melhor para você, tentando fazer com que se volte para si mesmo, ajudando a indicar as portas – mas é você quem as atravessa.

A verdadeira Astrologia ajuda a pessoa a compreender inúmeras circunstâncias, características, tendências, reações, as quais serão conversadas entre o astrólogo e o cliente. Às vezes, este não vai gostar de ouvir determinadas falas daquele, uma vez que podem referir-se a pontos dolorosos escondidos em um canto escuro da mente do cliente. Mas se ele quiser compreender-se, ser quem realmente pode ser e sentir-se feliz com isto, ele irá adiante nesta auto-investigação. Muitas outras questões poderão ser vistas e compreendidas a partir da Astrologia

Autoconhecimento, esta é a verdade que ela propicia. E neste processo de nos conhecermos melhor, o que pode nos causar prazer e dor, outras discussões poderão ocorrer para permitir-nos ver partes de nós mesmos que necessitam ser desenvolvidas. Poderemos descortinar os véus que não estão permitindo enxergar todas as possibilidades que temos. Será realmente que estamos aproveitando adequadamente muitas delas?

Uma consulta astrológica é aquela que faz o cliente compreender como é ou pelo menos uma boa parcela de sua natureza, e o quanto ainda não sabe que pode vir a ser. A astrologia é o fio de Ariadne que guia o herói no labirinto do mítico Minotauro.

A Astrologia não irá falar que deve seguir este ou aquele caminho, muito menos irá dizer que todos os seus sonhos irão se realizar. Não irá dizer que você é a pessoa mais especial, cujo destino está escrito nas estrelas. Não irá dizer-lhe que encontrará aquela atriz (ou ator) de cinema na próxima esquina e que fugirá com ele(a) em sua Ferrari. Falar o que uma pessoa quer escutar não é papel da astrologia.

Do mesmo modo que se fizer uma tomografia computadorizada, esta vai mostrar-lhe como é, se está bem ou não e por quê. Assim, a verdadeira Astrologia, utilizada pelo verdadeiro Astrólogo, irá fazer com que pense por si mesmo, que saiba, a partir do conhecimento de si mesmo, de suas potencialidades e fraquezas, por ser humano, e como pode lidar com as mesmas da melhor maneira possível.

Você, então, consciente de seu ser, de sua verdadeira natureza, terá excelentes condições de escolher os melhores caminhos para sua vida. Um Astrólogo, portanto, poderá, pela análise de seu mapa, mostrar-lhe, por exemplo, quais os possíveis ciclos que poderá passar. Dar-lhe-á possibilidades, mostrando como pode lidar com estes períodos, o que na verdade eles poderão representar para você.

Os Astros, na verdade, nos mostram também como nós estaremos, como os outros e as situações estarão diante de nós. Mostrarão questões para que compreendamos o por quê e para que as situações que passamos em um dado momento poderão ou não nos trazer. Uma consulta astrológica apenas ilumina os caminhos que podemos passar. Teremos, então, um mapa “rodoviário”, e saberemos quais são os caminhos mais viáveis.

E isso não quer dizer que serão retirados todos os sofrimentos e haverá somente felicidade em nossa vida. Mas, em grande parte, poderemos compreender o porquê destes, suas causas e, assim, teremos possibilidade de mudar o que precisa ser mudado, investindo no que necessita de investimento.

A astrologia não é um Oráculo que tudo sabe, é apenas um conhecimento que compreende o ser, suas manifestações neste mundo, seus temores e necessidades, mostrando a este um espelho que reflete sua verdadeira natureza. Deste modo, pode comprender-se melhor, trabalhar direcionadamente no sentido de resolver seus problemas e desenvolver suas possibilidades.

Através deste conhecimento milenar, você não será o todo poderoso que sabe tudo sobre si, mas alguém que conquistou a capacidade de trilhar seus caminhos conscientemente, de exercitar seu melhor lado e trabalhar no sentido de vencer seus desafios.

“Conhece a ti mesmo”
Templo de Delfos

por Sérgio Braga Palheiros

Sinastria



A arte de compreender as relações humanas

Sou de Áries; qual é o signo que combina com o meu? Quando se fala de relacionamentos e astrologia, entre 10 perguntas feitas, 9 são assim: que signo combina com qual?

É muito comum na visão popular acreditar que a astrologia abrangerá todas as questões de um relacionamento simplesmente mediante a comparação das qualidades e defeitos dos signos solares. Entretanto, nada está mais longe da verdade.

A sinastria é a técnica utilizada pela astrologia para identificar como as pessoas se relacionam, o grau de afinidade de uma relação, a interação de uma relação.

Esta área da astrologia utiliza a comparação entre as cartas astrológicas das pessoas envolvidas, analisando, assim, como os planetas e ângulos (principalmente o Signo Ascendente e o Descendente) do Mapa de uma pessoa se relacionam com os da outra.

A comparação de cartas astrológicas permite às pessoas envolvidas se tornarem conscientes das afinidades que têm, das áreas que podem gerar conflitos e, principalmente, por que e como estes conflitos podem surgir e ser resolvidos.

O mais importante não é saber apenas que as duas pessoas têm uma capacidade de se comunicarem, de terem cumplicidade de idéias, que A tem uma mente ágil e rápida e B tem uma mente receptiva mais profunda (posicionamentos de Mercúrio). Mas que através da compreensão da capacidade de comunicação e entendimento existente entre elas (os mesmos posicionamentos de Mercúrio), podem superar dificuldades juntas, o que isto pode acrescentar para a vida de cada uma e como utilizar este potencial para a qualidade de vida do casal.

Não é só saber que “A” sente ciúmes de “B”, mas compreender como e por que este ciúme ocorre. É poder compreender se os ciúmes de A incomodam a pessoa B e como elas podem, através desta compreensão, tomar atitudes efetivas para que a relação se torne plena e com consciência do que e como cada uma afeta a outra.

A sinastria permitirá às pessoas compreenderem como cada uma participará da vida da outra. Como as atitudes, o temperamento, as habilidades, as atitudes e o modo como se comportam e demonstram seus sentimentos acrescentarão novas cores, possibilidades, sentimentos, emoções e situações na vida da outra.

A astrologia, a partir da Sinastria, não vê um relacionamento por regras morais ou de conduta da sociedade (como assim “conduta da sociedade?”), mas sim pelo que uma desperta na outra pessoa, pelo que vivem e podem viver juntas. Tenta compreender o que uma pessoa está causando, acrescentando e às vezes tirando da outra.

A comparação entre duas cartas pode demonstrar que duas pessoas podem ter possibilidades de viverem muito bem juntas pelo resto da vida em função do grau de compatibilidade que possuem. Ou que podem ter uma relação curta, mas tão intensa que será lembrada pelo resto de suas existências.

A sinastria não tem o papel e não pode dizer se uma pessoa deve ou não se relacionar com a outra, ou se dará certo ou não com outra. O que é “dar certo?” É apenas quando vivem durante toda a vida juntas? Se o astrólogo age dessa maneira, é como se estivesse usurpando o livre-arbítrio da pessoa/cliente.

Através desta técnica, a pessoa compreenderá como a outra tende a participar na sua vida, como as características de alguém poderão ajudar ou criar dificuldades junto a uma outra pessoa. E vice-versa.

Compreenderá, como já foi dito, os pontos de afinidade que possuem e em quais setores da vida (Casas Astrológicas) estas tendem a ocorrerem mais acentuadamente.

Uma pessoa pode sentir grande atração pela outra (dado os aspectos de Vênus e Marte de seus mapas, por exemplo), mas não terem um bom diálogo ou não terem objetivos em comum, demonstrando, assim, que o relacionamento deles – se não trabalharem outros pontos positivos e lidarem melhor com as áreas de tensão – poderá ser uma relação momentânea, ou baseada apenas na atração. Vai depender também de outros detalhes a serem analisados na comparação das cartas astrológicas.

O amor em si é algo muito difícil de se detectar na comparação de Mapas. Este parece ser a soma de várias questões, necessidades, sentimentos despertados (e não despertados), enfim, inúmeros fatores. Entretanto, pode-se compreender quando as pessoas se apaixonam à primeira vista (geralmente identificados pelos aspectos de Vênus e Urano), ou quando é um sentimento que surge com o tempo (provavelmente com aspectos de Vênus e Saturno).

Em outras palavras, as relações humanas ocorrem por diversos motivos e se mantêm por outros tantos. Podem ser relações que começam e se mantêm por simples atração física, paixão, dependências psicológicas, interesses financeiros e que, posteriormente, surja o sentimento de gostar da outra pessoa.

O amor surge. E nada continuará da mesma maneira. O amor, entretanto, tem várias faces, ou seja, tem várias formas e intensidades. Cada um viverá de uma maneira.

Tecnicamente falando, existem as relações e os amores. Relações à moda de Vênus e Marte, Vênus e Urano, Vênus e Júpiter, além de incontáveis outras possíveis combinações simbólicas e suas respectivas possibilidades quanto à durabilidade e intensidades. Muitas dessas variações são objetivos de estudo da astrologia. E o objetivo maior consiste em ajudar cada um a compreender melhor a si mesmo e o outro, ofertando ao casal a possibilidade de, com consciência, saber o que traz dificuldades a sua relação e o que traz harmonia, além de saber vivenciar o que cada um tem de melhor para ajudar o outro, minimizando aquilo que um irrita ou agride o outro. Afinal, esta não é a intenção de quem ama.

Conhecer a si mesmo e a pessoa amada, isso sim, é o que permite a cada parte que forma um casal fazer todo o possível para que possa haver satisfação, crescimento, preenchimento, aprendizado e amor, muito amor. E a astrologia, a partir da sinastria, tem muito a contribuir para o relacionamento entre elas.

Abaixo você irá encontrar resumidamente o papel que alguns astros representam na Sinastria. Lembre-se sempre que a pessoa A é aquela que está a colocar os planetas no Mapa de B. E esta é aquela que recebe tal “influência” na área de vida (Casa Astrológica) que tal planeta se encontra quando colocado no mesmo grau do Signo em que está no Mapa Natal de A.

O Sol

O Sol representa a ação da pessoa com sua personalidade na vida da outra. Como o modo de agir de A é visto, sentido pelo outra. Como seu modo de ação interferirá na área da vida de B. Em bons aspectos, o Sol cria grande entusiasmo, promovendo simpatia, com a imagem de A sendo magnética a B. Se em maus aspectos, pode haver confrontos entre egos, entre as formas de ver e lidar com assuntos estruturais.

Lua

Representa o modo como A se relaciona emocionalmente e reage a B. As respostas automáticas e habituais que A tem, a segurança psicológica que tanto anseia ser preenchida por B. Como as ações e o modo de agir nas questões cotidianas afeta B. Aspectos harmônicos da Lua promovem uma facilidade na nutrição emocional entre ambos, trazendo conforto e receptividade para o casal. Aspectos tensos podem gerar dificuldades emocionais em situações práticas. Ex.: A lua de A na casa 4 de B. A pessoa de B, cria um vinculo forte com A, no sentido da criação de uma nova estrutura e laços familiares. A fará parte logo da família. B poderá se sentir mais identificada com A. Para A existe uma grande importância na criação de uma família com B.

Mércurio

Refere-se à comunicação entre as pessoas, como e de que modo as informações, diálogos e modos de absorver informações acontecem. Demonstra como estes se comunicam e como A mantém este laço de comunicação com B. Como B vê o diálogo e os interesses intelectuais de A. Demonstram se tem capacidade de diálogo, qual a forma em que este acontece.

Vênus

Vênus é o fator que identifica em suma o sentimento entre A e B. Demonstra como A demonstra seu sentimento por B e de que modo B o recebe. Demonstra os níveis de sentimentos. É o fator que identifica a forma em que a relação se processa, o nível dos valores afetivos Ex.: Vênus de A na 5 casa de B. Identifica uma forte atração; B sente grande prazer na companhia de A, pois é muito estimulante para B. Grandes indícios de muito prazer entre o casal. Representa também como este sentimento é vivenciado na vida de B.

Marte

É um fator de estímulo e ação onde se encontra, propiciando, na Casa aonde incide, energia construtiva em bons aspectos ou destrutiva em maus. Representa também o desejo, de como estes lidam com a libido de cada um. Ex: Marte de A na casa 10 de B. A ajudaria B a se tornar mais ativa em suas questões profissionais, ajudando B a vencer desafios profissionais. Poderia haver disputas profissionais na relação se estiver em maus aspectos.

Júpiter

É um fator de crescimento da relação onde quer que se situe. A posição de Júpiter de A sobre o mapa de B é o ponto em que a ajuda deste mais se faz presente, tal como o crescimento que este traz. Também promove as questões éticas e morais ao enfatizar a área em que se encontra. Em maus aspectos pode gerar arrogância, prepotência, o que pode ser um fator de dificuldades para o crescimento da relação.

Saturno

Este é o ponto que pode identificar quando em bons aspectos a durabilidade da relação. Indica também setores que sinalizam responsabilidades entre o casal, áreas em que questões mais difíceis são tratadas e ou aquelas onde há maior resistência, mas com bastante aprendizado. Demonstra a área em que B sente segurança em relação as atitudes e modo de ação de A. São questões em que B percebe uma resistência de A em algo, ou que esta é um área em que A tem que trabalhar com mais calma. Em maus aspectos identifica setores de grande intransigência e setores onde há dificuldades na Casa onde se encontra. Exige portanto um trabalho mais perseverante e dedicado, além de mais flexibilidade.

Obs.: A sinastria não cuida apenas de analisar as compatibilidades amorosas. A análise entre cartas astrológicas pode ocorrer entre amigos que desejam saber como cada um contribui na vida do outro.
A sinastria visa também o estudo entre empresas a partir da astrologia empresarial, que com a comparação entre as cartas de fundação das empresas visa saber o que cada uma irá contribuir com a outra, o que gerará possíveis dificuldades, áreas de cooperação ou concorrência/impedimento. Quais as vantagens que cada uma irá ter na união ou negócios que se efetuam. Pode-se até diagnosticar qual é o melhor momento para uma empresa fazer negócios com outra.
Também possibilita a comparação de mapas entre gerentes e a empresa, gerentes e empregados, empregados e a empresa, sabendo, assim, como estes se relacionam, o que a empresa representa para o empregado, a relação que se irá se estabelecer entre funcionários e empresa, funcionários e patrões, funcionários e funcionários, melhorando através deste estudo as relações interpessoais e o desempenho de todos, além tantas outras possibilidades.

Afinal, na vida, a todo momento estamos nos relacionando com outras pessoas. Saber como podemos melhorar estas relações e se estas serão favoráveis para nós ou como melhorá-las, pode se tornar um fator importante na qualidade de vida de cada um de nós.

por Sérgio Braga Palheiros